sábado, 28 de novembro de 2009

Xenotransplantes

Pesquisadores de Munique (Alemanha) divulgaram na revista Transplantation que tinham criado porcos geneticamente modificados. Esses porcos poderiam, num futuro não muito longínquo, produzir órgãos que gerariam menos rejeição ao serem transplantados para seres humanos. Este tipo de transplante é denominado Xenotransplante (transplante de órgãos entre diferentes espécies).



Ao transplante entre dois membros, embora geneticamente distintos, pertencentes à mesma espécie chama-se alotransplante. Nos humanos o alotransplante apresenta um papel clínico muito importante, principalmente envolvendo órgãos como rins, coração, medula óssea e fígado. Os alotransplantes trouxeram benefícios significativos aos doentes quer pelo aumento da esperança de vida, quer pelo melhoramento da mesma. Na verdade, o sucesso foi tal que provocou um fosso entre a procura da transplantação e a escassez de órgãos e tecidos humanos. Deste modo, foram elaboradas diversas campanhas de sensibilização à doação de órgãos. No entanto, não foram suficientes para aumentar o número de dadores.


O xenotransplante é uma opção alternativa para reduzir a escassez de órgãos e tecidos humanos. Contudo o xenotransplante trouxe muitos problemas éticos, clínicos e legais.


Um dos problemas clínicos que surgiram foi o facto de os doentes que receberam xenotransplantes terem morrido num curto espaço de tempo. Médicos investigadores descobriram que a causa principal é o sistema imunitário dos receptores que rejeitava o tecido doado, ou seja, os anticorpos do receptor que reagem contra as infecções reagem também contra os órgãos ou tecidos transplantados. A rejeição do tecido estranho, a qual começa minutos ou algumas horas após a cirurgia, destrói os capilares dos órgãos transplantados, provocando hemorragias. Apesar deste fenómeno representar uma barreira para os xenotransplantes, recentes descobertas indicam que os cientistas estão bem encaminhados para ultrapassá-la.


Actualmente, admite-se que uma das formas de evitar a rejeição, será alterar o sistema imunitário do receptor de forma que o seu organismo não possa destruir o tecido transplantado.


Com os xenotransplantes os custos são ainda maiores do que nos alotrasplantes e as taxas de sucesso são, actualmente, aproximadamente zero. Como é óbvio a taxa de insucesso deve-se ao facto de esta técnica ainda não estar completamente desenvolvida.


Os xenotransplantes trazem outro risco que é o aparecimento de novas doenças. Existem muitas doenças que os animais (neste caso os utilizados nos xenotransplantes) podem transmitir aos humanos e que são desconhecidas pelo Homem. No organismos dos animais há bactérias e vírus que estabelecem entre si relações de simbiose. Para estes animais, eles não representam doenças, pois esses parasitas ali evoluíram e encontraram o seu equilíbrio. Porém, quando esses parasitas entram em contacto com o organismo humano e encontram nesse novo hospedeiro uma nova possibilidade de colonização, novas doenças podem surgir. O prazo de quarentena seria necessário para os pacientes, suas famílias e equipas médicas. Da mesma forma, os animais usados para o transplante necessitariam de maior observação para o possível aparecimento de novos agentes patogénicos. Todos estes factores implicariam elevados gastos financeiros.

Desde logo, neste tipo de tecnologias coloca-se a questão ética de saber até que ponto é legítimo ao homem utilizar animais em benefício próprio. Existe uma corrente que defende a não utilização de animais uma vez que qualquer animal, racional ou não, tem o direito de viver livre de dor, sofrimento e seguir o seu próprio interesse. Do outro lado, estão os defensores da utilização, uma vez que os seres humanos já matam animais para comer e usam as suas peles e outros produtos em seu beneficio, pelo que esta nova utilização não traz novas implicações éticas.



A tendência actual é a utilização de porcos transgénicos como dadores pois é mais dificilmente aceitável sacrificar um primata, um animal mais parecido com o homem, do que utilizar um animal já tradicionalmente utilizado para satisfazer as necessidades humanas.

Se os xenotransplantes se tornarem bem sucedidos abrirão oportunidades de vida prolongada a muitos pacientes com doenças terminais. Em contrapartida, um elevado número de animais teria que ser sacrificado. O impacto seria particularmente crucial se as espécies em questão, estivessem em perigo de extinção.



Sónia Moreira, 28 de Novembro de 2009

Reunião de grupo

Olá !
Ontem à tarde o nosso grupo esteve reunido para organizar várias tarefas relativas às nossas próximas actividades.
A visita ao Centro de Histocompatibilidade do Norte ficou agendada para o dia 18 de Dezembro, ficamos muito felizes por esta oportunidade e agradecemos desde já a atenção do Dr. João Mota do CEDACE.
Além disso, contactamos por via telefónica a Dra. Leonor Airosa do IPS para alterar o horário da campanha de recolha de sangue que se irá realizar dia 26 de Fevereiro. Agradecemos ainda ao IPS o facto de nos disponibilizar material para a divulgação da campanha. Na sequência desse contacto, iniciámos a redacção de uma carta dirigida ao Conselho Directivo da escola a solicitar a sua aprovação e colaboração com a campanha, que iremos organizar em conjunto com o Grupo A.

Pavilhão do Centro de Histocompatibilidade do Norte

Por fim, começámos a estruturar a apresentação oral do nosso projecto à turma, em termos estéticos e de conteúdo. Resumindo, foi uma tarde bem produtiva ;)

Verónica Cabreira, 28 de Novembro de 2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Novo Logótipo

Olá,
Depois de várias tentativas conseguimos finalmente criar um logótipo à nossa medida!
Como tal, o logótipo inicial fica sem efeito.


Antes...



Depois...


Esta imagem representa a ligação entre o dador e o receptor. O coração e a cor vermelha utilizada no logótipo simbolizam a vida, mais precisamente um acto de solidariedade, por parte do dador, que permite ao receptor continuar a viver.
O laço verde é o simbolo do apelo à doação de órgãos, pelo que está na zona do coração do dador, realçando a importância do seu gesto - "doar um pouco de vida".


Esperamos que gostem do novo logótipo! ;-)


26 de Novembro de 2009

domingo, 22 de novembro de 2009

Uma simples conversa pode fazer a diferença!




Existe um momento que enche de alegria os corações de muitos: é o nascer de novo. A oportunidade de recomeçar a vida, quando as esperanças já são poucas, é o maior presente que alguém pode receber. E existem pessoas que precisam muito deste presente.

 

Tem nas suas mãos a oportunidade de salvar vidas!


Não deixe que ela escape… avise a sua família de que quer ser dador.









Sónia Moreira, 22 de Novembro de 2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Curry Cabral comemora hoje o seu milésimo transplante hepático

O centro de transplantação do Hospital Curry Cabral comemora hoje o seu milésimo transplante hepático, com dois dias das V Jornadas do Centro Hepato-Bilio-Pancreático e Transplantação do Hospital Curry Cabral, em que participam alguns dos mais reputados especialistas da hepatologia nacional e internacional, nomeadamente Roy Calne e Henry Bismuth, destacados por Barroso como "dois dos maiores vultos da cirurgia do fígado a nível mundial" e doentes, que irão partilhar o seu testemunho até ao dia de amanhã.
As jornadas decorrem na Fundação Calouste Gulbenkian e reúnem personalidades nacionais e estrangeiras ligadas à Saúde tais como o Primeiro-Ministro e a Ministra da Saúde, Ana Jorge.
Contactado no dia de hoje pela Agência Lusa para comentar a comemoração, Manuel Delgado manifestou "orgulho" nos mil transplantes hepáticos realizados pela unidade, que a colocam como referência na Europa.
As explicações para o sucesso assentam em duas razões, segundo o responsável: "liderança e motivação" e as remunerações atribuídas aos profissionais por cada transplante realizado.

O responsável elogiou ainda a "personalidade do doutor Eduardo Barroso (responsável pelo centro de transplantação), que consegue mobilizar as pessoas para o projecto, fazer transplantes e atender pacientes e a equipa, a qualquer hora do dia ou da noite".

O Curry Cabral chega a fazer quatro a cinco transplantes por semana. Com disponibilidade de mais órgãos, o hospital "podia fazer mais transplantes, embora tivesse a limitação" logística do internamento.
Os órgãos utilizados no Curry Cabral são quase sempre colhidos nos hospitais de Coimbra, Porto e São José (Lisboa), explicou Manuel Delgado, lembrando que quem faz a colheita não pode ser transplantador, por motivos éticos.
Este número faz do Centro Hepato-Bilio-Pancreático e Transplantação do Hospital Curry Cabral o mais relevante da Europa num tipo de intervenções de grande importância no panorama da saúde.
Portugal ocupa, desde 2008, o primeiro lugar do mundo na realização de transplantes de fígado. Detém, ainda, o segundo lugar no ranking europeu de dadores de órgãos por milhão de habitantes na Europa, logo a seguir à Espanha.
Para esta posição no ranking europeu, muito contribuiu a reestruturação do sistema de transplantação e a forte aposta na implementação da rede de colheita de órgãos, iniciada pelo Governo na legislatura anterior.

"Trabalhamos muito bem e com muita dedicação. Para além disso, temos em Portugal a maior taxa de doação da Europa, cerca de 27 órgãos por milhão de habitante", refere Eduardo Barroso, médico cirurgião e responsável pelos transplantes hepáticos em Portugal (à direita, na imagem), justificando os bons resultados do centro que dirige. Só no ano passado, foram ali realizados 140 transplantes.
O governo comunicou hoje no âmbito das comemorações, a intenção de transformar o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, numa entidade pública empresarial, assegurando que o hospital vai passar a dispor de mais autonomia, nomeadamente, em termos de gestão.

Após este anúncio o médico Eduardo Barroso mostrou-se insatisfeito com as novidades também no Centro que dirige naquela unidade. Eduardo Barroso não gostou de ouvir Ana Jorge falar sobre o futuro Centro de Responsabilidade Integrado, dedicado à área da transplantação em Portugal. Eduardo Barroso diz que foi apanhado de surpresa e espera por esclarecimentos adicionais para tomar decisões.
Clique aqui para ouvir o anúncio proferido por Ana Jorge

Fontes de informação: Agência Lusa, Jornal "O Público", RTP e Antena 1.
Notícias de 20 de Novembro de 2009

Como é de esperar esta é uma meta da qual Portugal se deve orgulhar e deve ainda ser um incentivo à valorização das áreas de transplantação em todos os hospitais que realizam transplantes em Portugal.

Verónica Cabreira, 20 de Novembro de 2009

Portugal na liderança da colheita e transplante de órgãos



Portugal está entre os melhores da Europa na colheita e no transplante de órgãos. Nos últimos três anos, o país registou avanços notáveis ao nível da colheita e hoje é apontado como "uma história única de sucesso".

A Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação (ASST) há muito que estabeleceu a meta para 2009: atingir os 30 dadores por milhão de habitante. Uma fasquia tida com o intransponível, há três anos, fruto da estagnação que durante uma década tolheu o crescimento do transplante em Portugal, mas hoje praticamente cumprida face ao balanço do primeiro semestre.
(...)
"A transplantação esteve estagnada durante praticamente dez anos", explicou a coordenadora da ASST. (...)
Das 20 colheitas por milhão de habitante, Portugal passou para as 24, depois para as 27, para chegar às 30, este ano. "Somos hoje uma história de sucesso única na Europa", congratula-se Maria João Aguiar, que imputa a boa prestação de Portugal ao facto do trabalho da reorganização das colheitas e dos transplantes ter sido entregue a técnicos, dos que verdadeiramente conhecem o terreno. "Raras vezes se conseguiu que fosse dada a oportunidade aos técnicos que conhecem os problemas", disse.
Nos programas de rim, por exemplo, Portugal ultrapassou os 500 transplantes anuais. Não dá para ter um impacto nas listas de espera, mas serve para "contrabalançar a quantidade de novos doentes que todos os anos engrossam a espera".
Também o transplante hepático registou um "crescimento extraordinário", não só pela maior quantidade de órgãos disponíveis, fruto da maior eficiência da colheita, mas sobretudo graças "à ginástica das equipas médicas", reconhece a médica. Hélder Trindade, coordenador do Centro de Histocompatibilidade do Sul, destacou ao JN a "evolução muito favorável" das colheitas e dos transplantes em Portugal, ainda mais quando o número de dadores cadáveres politraumatizados tem vindo a diminuir. "As listas de espera têm estado estáveis, nalguns casos até têm diminuído", nota.
Expressão desta realidade é a comemoração do milésimo transplante do Centro de Transplantação Hepática do Hospital Curry Cabral, ontem e hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
notícia com supressões, por Jornalista Maria Claúdia Monteiro, in edição on-line do Jornal de Notícias de 20 de Novembro de 2009
Vanda Craveiro, 20 de Novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Participação numa campanha de recolha de sangue

Na passada sexta-feira como informamos num dos artigos anteriores visitámos uma campanha de recolha de sangue na Escola EB1 do Século na Póvoa de Varzim, campanha essa organizada pela Associação Humanitária de Dadores da Póvoa de Varzim.
Adorámos a experiência que classificamos de muito positiva. Para além de termos acompanhado todas as etapas pelas quais os dadores passam até doarem sangue, tomamos conhecimento dos requisitos necessários para se ser dador, que são muito mais específicos do que é informado no geral.
Mais importante ainda, conseguimos recolher imagens da campanha e realizar entrevistas a dadores, que foram muito receptivos tanto à doação de sangue como também à colaboração com o nosso projecto. (Alguns deles até se comprometeram a dar sangue na campanha que vamos organizar na nossa escola!!)
Compreendemos realmente que para os dadores, dar sangue era fundamental e que os fazia sentir bem saber que com o seu gesto estavam a ajudar muitas pessoas em graves situações de saúde.
Foi ainda uma campanha essencial para nós porque contactamos com os enfermeiros do Instituto Português do Sangue e conhecemos o Presidente da Associação de Dadores referida, o Sr. Vítor Correia, que se mostrou disponível para colaborar connosco na campanha que iremos organizar e ainda nos concedeu informações bastante úteis acerca da doação de sangue, que aliás nos confidenciou ser o que lhe dá mais gosto fazer na vida e ser a sua principal ocupação. A toda a gente que se mostrou receptivo a colaborar connosco o nosso muito obrigada :)
Foi sem dúvida uma grande experiência, na qual sentimos que pudemos participar e também porque saímos de lá com um sorriso nos lábios e um sentimento de enorme satisfação por termos cumprido os nossos objectivos para esta actividade ;)

As imagens foram recolhidas por nós no dia da campanha.











 
Verónica
19 de Novembro de 2009

domingo, 15 de novembro de 2009

Bancos privados já têm mais de 60 mil amostras de células estaminais

É como um seguro: faz-se na esperança de nunca ser preciso. Em Portugal, em apenas seis anos, os bancos privados e público já têm congeladas cerca de 61 mil amostras de células estaminais de sangue do cordão umbilical.

A esmagadora maioria preferiu investir cerca de 1200 euros para acautelar a possibilidade, estatisticamente improvável, de as células estaminais do sangue do cordão umbilical virem a ser necessárias. Porque tratando-se da saúde do filho, não querem arriscar. Outros - ainda poucos - doam generosamente as preciosas células. Para aumentar as probabilidades de cura de qualquer pessoa que delas precise para viver.

Em poucos anos, as células estaminais passaram do (quase) absoluto desconhecimento a uma prioridade nas listas de preocupações de muitos pais. Desde 2003, ano em que a primeira empresa começou a operar em Portugal recorrendo a um laboratório em Bruxelas (a Crioestaminal), até 2009, que marcou o arranque do primeiro banco público, o crescimento tem sido enorme.

De acordo com informações recolhidas pelo JN junto de quatro das principais empresas do sector - Bebé Vida, Bioteca, Crioestaminal e Criovida -, as amostras de sangue do cordão umbilical congeladas (crioconservadas) em bancos privados ascendem a mais de 60 mil.

O Banco Público de Sangue do Cordão Umbilical (LusoCord), em funcionamento desde Junho no Porto, tem cerca de 500 amostras crioconservadas, número que deverá crescer para 800 nas próximas semanas, dado que foram recentemente entregues 300 kits para recolha do sangue do cordão umbilical, de acordo com a directora, Helena Alves.

Os procedimentos para pedir o kit, fazer a recolha e enviar para o laboratório são semelhantes no público e no privado. O sangue do cordão umbilical, que contém as células estaminais, só é recolhido se os futuros pais o solicitarem. Caso contrário, e não obstante o seu valor terapêutico, vai para o lixo. O investigador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (Universidade do Porto) Mário Sousa, defensor de um banco público desde a década de 90, considera necessário um programa nacional para sensibilizar os pais para a necessidade da doação deste material e, também, para implementar procedimentos de rotina nos hospitais para que, quando haja consentimento informado prévio dos progenitores, se realize um número mais elevado de colheitas para o banco público.

Ao contrário do que acontece nas empresas privadas, o serviço de crioconservação do banco público é gratuito, mas não oferece qualquer garantia de que o doador tenha as suas células disponíveis se vier a precisar. Nos privados, a amostra só é utilizada pelo dador ou respectiva família.

Contudo, como a taxa de utilização oscila entre 1 e 3%, caso um doente precise de recorrer à sua própria amostra, "o mais provável é que estivesse guardada" no banco público, assegura Helena Alves.

"Os bancos públicos têm como único objectivo tratar doentes", sublinha, acrescentando que o tratamento "faz-se em rede mundial". Isto significa que todos os bancos públicos "disponibilizam as amostras para os doentes, seja qual for a sua nacionalidade, raça ou credo". De acordo com directora do LusoCord, que cita dados oficiais, entre os mais de 20 mil transplantados com células do cordão umbilical, há já portugueses.

Uma das questões mais relevantes na crioconservação de células estaminais é saber durante quantos anos se mantêm viáveis, isto é, em condições de serem transplantadas com êxito. Os contratos celebrados com os bancos privados geralmente prevêem períodos de 20 a 25 anos, com possibilidade de renovação.

Como os primeiros transplantes com células do cordão umbilical foram feitos há pouco mais de uma década, ainda há mais perguntas do que certezas. Agostinho Almeida Santos, catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra, não tem dúvidas de que a medicina regenerativa se tornará rotineira num futuro próximo, mas sublinha que "não há quaisquer garantias" quanto ao ao prazo em que se mantêm viáveis.




O que são células estaminais?

São células indiferenciadas, que podem dar origem a todo o tipo de células do nosso organismo. Além de poderem diferenciar-se, estas células têm capacidade de auto-renovação e de multiplicação. As células estaminais existem no embrião, no cordão umbilical dos recém-nascidos e também nos indivíduos adultos, em vários tecidos e órgãos. As que têm maior capacidade de diferenciação, renovação e multiplicação (pluripotentes) são as embrionárias, seguindo-se as do sangue do cordão umbilical, recolhidas aquando do nascimento, sem prejuízo para a mãe ou para o bebé. As da medula óssea, embora tenham menos capacidade de diferenciação, também são muito usadas para tratamento de diversas patologias.

Probabilidade de ser preciso é baixíssima

Calcula-se em 0,5% a probabilidade de alguém vir a sofrer de leucemia ou outra doença tratável com transplante de células estaminais. Considerando outras variáveis (como a amostra ser compatível e estar guardada), a probabilidade de uma pessoa vir a precisar das suas próprias células é inferior a 0,1%, de acordo com Helena Alves, directora do LusoCord. Quanto à probabilidade de se encontrar uma amostra compatível na rede mundial, embora também seja baixa, aumenta à medida que as dádivas crescem. Actualmente, há 400 mil amostras em bancos públicos.

por Jornalista Helena Norte, in edição on-line do Jornal de Notícias de 15 de Novembro de 2009

Vanda Craveiro, 15 de Novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Visita a uma campanha de recolha de sangue promovida pela Associação de Dadores da Póvoa de Varzim

Olá!

Amanhã à tarde, o nosso grupo irá assistir a uma campanha de recolha de sangue promovida pela Associação de Dadores da Póvoa de Varzim.
Vamos tentar recolher imagens de vídeo e fotografias - que posteriormente publicaremos aqui - e ainda entrevistar dadores e profissionais do Instituto Português do Sangue.
O objectivo desta nossa visita é conhecer as motivações dos dadores de sangue para participarem nestas iniciativas bem como o que sentem ao saberem que o seu gesto pode ajudar muitas pessoas.
Esta actividade será também o nosso primeiro contacto com este tipo de campanhas, o que nos irá ajudar na organização de uma sessão de recolha de sangue na nossa escola (ESEQ), no primeiro trimestre do próximo ano. Embora a doação de sangue não esteja directamente relacionada com os transplantes, as tranfusões sanguíneas são essenciais para muitos doentes que se encontram em lista de espera. Além disso sabemos que ter sempre reservas de sangue é uma das necessidades prioritárias dos hospitais.

Agora que o nosso projecto está totalmente planificado e as actividades calendarizadas estamos motivadas para dar forma às nossas ideias. Esperamos que estejam tão interessados quanto nós e que se mantenham a par das novidades ;)




Doar sangue não custa, dê o melhor de si, doe um pouco de vida :)

12 de Novembro de 2009

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Tráfico de órgãos




As fronteiras da medicina alargaram-se, durante os últimos anos do século passado, para dimensões nunca antes imaginadas.
A 3 de Dezembro de 1967, Christian Barnard, um cirurgião Sul-Africano, realizou o primeiro transplante cardíaco num ser humano. Foi um grande avanço científico que permitiu salvar muitas vidas.
Este avanço nas ciências médicas não foi, contudo, acompanhado pelo avanço do pensamento, à semelhança do que já acontecera com grande parte dos avanços científicos e tecnológicos alcançados no século XX. Presentemente efectuam-se transplantes das mais variadas naturezas. É uma excelente evolução da ciência que preserva e prolonga vidas humanas.

Mas este avanço científico trouxe consigo um outro problema: Como encontrar órgãos disponíveis e em condições de serem transplantados para fazerem face às necessidades dos doentes?

O tráfico de órgãos não é um mito urbano, é uma realidade.
O Relatório da ONU revelou que o tráfico de órgãos humanos para transplante já é um crime à escala mundial.

A falta de doadores nos sistemas oficiais de captação de órgãos para transplantes e a pobreza são factores que se combinam para criar os mercados negros.


O relatório afirma que o tráfico de pessoas para a retirada de órgãos representa apenas uma parte do tráfico de tecidos, células ou órgãos e que muitos desses casos provavelmente nunca foram registados.


O tráfico de órgãos pode ser conhecido como "turismo de transplante", um tipo de crime no qual pessoas de países mais desenvolvidos procuram órgãos em nações cujos sistemas de saúde e de justiça não possuem mecanismos de protecção às vítimas.


Pacientes do Norte rico viajam para comprar órgãos retirados de homens, mulheres e crianças de nações do Sul pobre onde essas transacções não estão reguladas, sendo as cirurgias feitas nesses mesmos locais. Um pacote, que inclui viagem e cirurgia, é negociado até 160 mil dólares. Muitas vezes, entretanto, o paciente acaba por precisar de cuidados médicos ao regressar ao país de origem, já que as cirurgias são feitas de forma precária.
A estimativa é que cerca de 5 a 10% dos transplantes feitos anualmente no mundo sejam motivados pelo tráfico.
O relatório pede um acordo internacional que defina como tráfico qualquer transacção de órgãos, à margem dos sistemas nacionais de transplantes.
Ao todo, até o fim de 2007, quase 60 mil pessoas aguardavam órgãos na Europa. No ano anterior, apenas 29.500 pacientes conseguiram ser transplantadas. Estima-se que 12 europeus morram por dia aguardando órgãos. Nos Estados Unidos, a fila era de 95 mil e só 25.300 cirurgias foram realizadas, em dois anos.

Alguns médicos defendem a legalização da venda de órgãos. Num artigo publicado na revista médica Kidney International, os especialistas dizem que as campanhas tradicionais para recrutar mais dadores estão a fracassar, e o mercado negro de órgãos, cada vez maior. Eli Friedman, um médico renal da Universidade Estadual de Nova York, e Amy Friedman, uma especialista em transplantes da Universidade de Yale, defendem a ideia com o argumento de que os indivíduos têm direito sobre os seus próprios corpos. Mas especialistas britânicos dizem que a medida não é necessária e resultaria na exploração de pessoas pobres.


E se um qualquer ser humano em estado de extrema miséria se vir na necessidade de ir vendendo partes do seu corpo para sobreviver? Os olhos? Os rins? Os pulmões? Os dedos?
Será aceitável?


A crise económica que afecta a Espanha levou dezenas de pessoas, entre espanhóis e latino-americanos, a colocarem à venda os seus órgãos na internet. São ofertas de venda de rins, pulmões e medula óssea realizadas por pessoas que dizem estar a atravessar graves problemas financeiros e pedem quantias que oscilam entre 15 mil euros e 1 milhão de euros.

Doar órgãos é um acto de solidariedade que permite salvar muitas vidas, não só dos doentes como também das vítimas do tráfico de órgãos. Se todos nós fossemos dadores, as listas de espera diminuiriam e este crime organizado não seria tão lucrativo.


A doação de órgãos é um acto de amor à vida, não um negócio…



Sónia Moreira, 11 de Novembro de 2009
 

Muito mais que uma escolha



A vida precisa de ser cuidada e preservada.
Mesmo quando as pessoas têm doenças graves e raras, em que possa existir falência de algum órgão, existe sempre esperança e possibilidade de continuar a viver...

Com a doação de órgãos e tecidos muitas vidas podem, de facto, continuar.

Um doador representa exactamente isso: a possibilidade de não se interromper a vida de alguém, a possibilidade de salvar vidas.

Por isso nunca é demais demonstrar a importância de ser dador e dos investimentos nas melhorias do Sistema de Saúde relativamente à transplantação.
Vale sempre a pena lembrar que é muito mais provável que ingressemos numa lista de espera para realizar um transplante do que nos tornemos doadores.
A divulgação é essencial pois doar órgãos é uma escolha que representa muito mais do que podemos imaginar, doar órgãos é sem dúvida salvar vidas para que muitas pessoas possam continuar a dizer:

“A VIDA CONTINUA...”


11 de Novembro de 2009
Verónica

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Doar Vida, seja solidário

Spot publicitário, inserido numa campanha dos Açores, cujo objectivo é sensibilizar a população para a doação de órgãos, medula óssea e sangue.

Uma mensagem simples e essencial. Dêem a vossa opinião ;)



Fonte: Youtube

Verónica
05 de Novembro de 2009

Blogue sinalizado

Olá !
Decidimos escrever este artigo na sequência da identificação do nosso blog como blog de spam e porque hoje este foi removido. Felizmente conseguimos que este se mantivesse activo enquanto aguardamos uma resposta ao nosso pedido de desbloqueio.
Garantimos que não existe nada errado com o nosso blogue e agradecemos a todos os visitantes.
Logo que seja possível, a mensagem inicial que avisa quem deseja visitar o blogue desta situação será removida (esperamos nós!)

Obrigada pela confiança ;)
Brevemente publicaremos mais artigos relativos ao projecto, temos estado ausentes a preparar correctamente toda a planificação do projecto para que todas as nossas ideias possam ser concretizadas da melhor forma possível :)

Até breve.