quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dar sangue é dar vida

Neste espaço, pode consultar as datas e os locais em que decorrerão as recolhas de sangue bem como esclarecer todas as suas dúvidas acerca da doação de sangue.


No site do Instituto Português do Sangue dispõe de toda a informação que necessita acerca dos locais e datas das campanhas. Basta abrir a hiperligação anterior e dirigir-se ao mapa de Portugal à direita, seleccionando de seguida o seu distrito.

Em alternativa, pode dirigir-se aos Postos fixos de doação de sangue nos três Centros Regionais de Sangue do Instituto Português do Sangue, consoante a sua área de residência:

Centro Regional de Sangue de Porto
Rua do Bolama, n.º 133
4200-139 PORTO
Tel. (+351) 225083400
Fax. (+351) 225083420

(De Segunda a Sexta das 8h30 às 19h e ao Sábado das 8h30 às 13h)

Centro Regional de Sangue de Coimbra
Hospital de Celas
Av. Prof. Bissaya Barreto
3000-075 COIMBRA
Tel. (+351) 239791070
Fax. (+351) 239482150

(Todos os dias das 8h00 às 20h00)

Centro Regional de Sangue de Lisboa
Parque de Saúde de Lisboa
Av. do Brasil, n.º 53 – Pav. 17
1749-005 LISBOA
Tel. (+351) 217921000
Fax. (+351) 217921054

(De Segunda a Sábado, das 8h00 às 20h00)


ALGUNS MINUTOS DO SEU PRECIOSO TEMPO PODERÃO SALVAR VIDAS

Todos os dias a vida de recém-nascidos, crianças e adultos depende da existência de sangue nos hospitais: para a realização de operações, tratamento de doenças, para evitar a transferência dos doentes para outros hospitais, diminuir o sofrimento dos doentes e dos familiares, em suma para permitir que os Serviços de Urgência possam funcionar em pleno.
A dádiva de sangue é assim uma forma única de partilha e um acto de solidariedade humana que pode realmente a diferença para outra pessoa.


DÚVIDAS FREQUENTES

Quem pode dar sangue?

Pessoas saudáveis entre os 18 e os 65 anos (60 anos se for a primeira vez) saudáveis e sem comportamentos de risco, que se façam acompanhar do Bilhete de Identidade.

As mulheres podem fazer 3 doações de sangue por ano e os homens podem fazer 4 doações, com um intervalo mínimo de 3 meses.

É seguro?

Sim, porque a quantidade colhida (450 ml) é rapidamente compensada pelo organismo que possui entre 5 a 6 litros de sangue. Além disso, antes da dádiva é efectuado um exame médico e os dadores são consultados por um médico.

É preciso estar em jejum?

Não, é até conveniente estar alimentado, tendo no entanto o cuidado de evitar alimentos ricos em gordura e bebidas alcoólicas.


O DADOR DE SANGUE TEM BENEFÍCIOS

Após a primeira dádiva os dadores adquirem o cartão nacional de dador e com a segunda dádiva, este cartão isenta os dadores do pagamento de taxas moderadoras no acesso a meios complementares de diagnóstico e terapêutica por exame em regime de ambulatório e ainda na prestação de cuidados de saúde nos Serviços de Urgência Hospitalares e Centros de Saúde, nos internamentos e cirurgias ambulatórias e nas consultas nos hospitais e centros de saúde.

Nós já demos o exemplo, organizando uma Campanha de Recolha de Sangue e Inscrição Voluntária de Dadores de Medula Óssea na nossa escola, no passado dia 26 de Fevereiro. Felizmente, todo o nosso esforço e dedicação na sua organização foram recompensados. Esta Campanha teve grande adesão por parte da população e esperamos que tenha sensibilizado os seus participantes para esta causa, assim como nos sentimos imensamente felizes por o nosso gesto ter contribuído para a melhoria de muitas vidas.
Ajudar está ao alcance de todos, não desperdice a sua oportunidade de salvar uma vida.

A todos os dadores de Sangue e Medula Óssea o nosso muito Obrigada!

Para informações sobre a dádiva de medula óssea pode consultar os nossos artigos sobre o tema no separador à direita - doação de sangue/tecidos/órgãos.

Verónica Cabreira,  2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Cientistas descobrem forma de "reparar" danos em pulmões doados

Investigadores canadianos recorreram a pulmões doados, considerados demasiado danificados para transplantes, e "repararam-nos" com recurso a uma terapia genética fora do corpo.

Será agora necessário proceder a investigações mais complexas para se perceber se os pulmões funcionam tão bem dentro de um corpo como funcionaram numa redoma transparente de suporte à vida.
Apesar de ainda faltar esta etapa, a possibilidade de "reparação" dá, aos especialistas pulmonares, esperanças de poderem aumentar o número de pulmões disponíveis para quem deles necessite.

Até ao momento, só cerca de 15% dos pulmões facultados por doadores são validados para transplantes.

Os motivos da exclusão não são, na maior parte das vezes, doenças mas danos causados nas delicadas vias respiratórias ou grandes inflamações que ocorrem nos casos em que houve morte cerebral do dador.
Além disso, os pulmões transplantados são vulneráveis a uma série de inflamações nos primeiros três dias após a cirurgia, sendo que os transplantados pulmonares registam uma taxa de sobrevivência inferior à das pessoas que receberam um coração, um fígado ou um rim de outrem.

A nova descoberta, concretizada pela Rede de Saúde da Universidade de Toronto, visa, antes de mais, salvar pulmões doados que não tenham as condições ideais e, se isso resultar, ajudar também a reparar danos pós-transplante.

O segredo está num gene que produz uma substância chamada interleucina-10 (IL-10), que consegue reduzir inflamações das moléculas mais propensas a danificar os pulmões.
Porém, quando os pulmões são doados, têm de ser rapidamente colocados em gelo, para evitar a deterioração dos tecidos, e isso impede a IL-10 de actuar.

Perante o problema, Shaf Keshavjee, chefe de transplantes pulmonares da Rede de Saúde da Universidade de Toronto, engendrou um processo com duas partes: primeiro foi criada uma câmara com a temperatura corporal que mantém os pulmões vivos fora do corpo e, em seguida, insere-se nos pulmões o gene que produz altos níveis de IL-10, fazendo regredir a inflamação.

Fonte: RCM Pharma; Artigo de 30 de Outubro de 2009
Verónica Cabreira, 22 de Fevereiro de 2010

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Guerra duplicou casos de leucemia infantil no Iraque

Um estudo internacional, desenvolvido pela Universidade de Washington (EUA) e pelo Hospital Infantil e de Mulheres Al-Basrah, de Basora (Iraque) – a única instituição com tratamento para cancro infantil –, confirmou que os casos de leucemia duplicaram em crianças iraquianas, nos últimos 15 anos, segundo avançou o diário «El Mundo».


Segundo os autores da investigação, liderada por Amy Hagopian e publicada no «American Journal of Public Health», “em Basora, no Sudeste do Iraque, existe uma região estratégica onde os rios Tigre e Eufrates confluem, a uma curta distância do Irão e do Kuwait. Esta limitação fez da zona o foco principal das três últimas guerras que sacudiram o Iraque desde 1980 até à actualidade”.

E este é o motivo principal pelo qual a equipa científica culpou a guerra pelo aumento de casos de leucemia infantil na área descrita. “O estudo da natureza cancerígena da exposição à guerra é difícil em situações caóticas que caracterizam conflitos bélicos, mas sabe-se que Basora é uma região sacudida por incêndios de poços petrolíferos, armas químicas, munições de urânio empobrecido, a contaminação do ar e da água”, disseram ainda os cientistas.

Purificación García de Miguel, responsável da Unidade de Hemato-Oncologia e transplante de Medula Óssea Pediátrica do Hospital La Paz de Madrid, referiu ao diário espanhol não ter dúvidas que por detrás destes casos estão “os factores ambientais a que as crianças têm estado expostas em Basora”.

Vanda Craveiro, em 20 de Fevereiro de 2010


quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Insuficiência renal crónica e Transplante Renal

A doença renal crónica é uma patologia progressiva, com elevada taxa de mortalidade, que ameaça tornar-se num grave problema de saúde pública com implicações sérias no Serviço Nacional de Saúde.

Estima-se que em Portugal mais de 800 mil pessoas sofram desta doença. Todos os anos são registados 2.200 novos casos de insuficiência renal crónica terminal, existindo actualmente 14 mil doentes dependentes de diálise, dos quais 5.000 são transplantados.
Dependendo da raça e da região do mundo, todos os anos, cerca de 100 a 500 pessoas num milhão desenvolvem insuficiência renal terminal.

Os rins humanos têm cerca de 11cm de comprimento, 5cm de largura, 3cm de espessura e a forma de um feijão. Entre as principais funções dos rins destacam-se a eliminação dos resíduos tóxicos produzidos pelo nosso organismo, a eliminação do excesso de água do organismo através da urina - efeito diurético - e a produção de algumas hormonas essenciais (como a hormona que regula a tensão arterial e a eritropoietina, uma hormona fundamental na formação dos glóbulos vermelhos).
Diariamente, aproximadamente 180 litros de sangue são filtrados e refiltrados pelos rins. Em situações normais o rim produz cerca de 1,2 litro de urina por dia. Sendo assim, a Insuficiência Renal, é uma condição na qual os rins perdem sua capacidade de filtrar adequadamente o sangue e regular o equilíbrio de sal e água do corpo (osmorregulação).

A doença renal crónica não escolhe idades nem sexo, embora a sua incidência seja maior nos adultos e idosos. A diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial, quando conjugadas com os factores hereditários de doença renal crónica, são indicadores possíveis de se vir a contrair este problema.
Outras causas de insuficiência renal crónica incluem infecções urinárias frequentes, glomerulonefrites (inflamações) e malformações do aparelho urinário e também pode acontecer devido a exposição a longo prazo ao chumbo, mercúrio ou certos medicamentos, especialmente os analgésicos.

Esta patologia é considerada não reversível, vai piorando lentamente, tendo na sua fase terminal como tratamento apenas a hemodiálise, a diálise peritoneal (processo de depuração do sangue no qual a transferência de solutos e líquidos ocorre através de uma membrana semipermeável, o peritoneu, que separa a cavidade abdominal do capilar peritoneal) e o transplante renal.

Factores de risco compostos

Factores de risco para doença renal crónica:
• Diabetes Mellitus (cerca de 40% dos doentes);
• Hipertensão (aproximadamente 30% dos insuficientes renais, uma vez que os rins controlam o nível dos líquidos e dos sais do nosso organismo, tendo assim uma grande influência na pressão arterial);
• Uso de anti-inflamatórios não esteróides.

Factores de risco cardíacos:
• Obesidade;
• Hiperlipidemia;
• Tabagismo;

Factores de risco gerais:
• Idade avançada;
• Mais comum em não-caucasianos;
• Dieta com elevado valor proteico;

Como a lesão dos rins na Insuficiência Renal Crónica é progressiva e lenta, os sintomas também se desenvolvem devagar, iniciando-se normalmente quando mais de 80 por cento da função dos rins se encontra perdida.

Os principais sinais de alerta para a sua existência são:

→ Ardor ou dificuldade em urinar;
→ Urinar frequentemente, sobretudo durante a noite;
→ Urinar com sangue;
→ Olhos, mãos e/ou pés inchados, especialmente em crianças;
→ Dor na região lombar que não se altera com o movimento;
→ Tensão arterial elevada.


O transplante renal é então uma cirurgia que proporciona melhor qualidade de vida aos doentes cuja função renal está comprometida, permitindo que estes abandonem as longas e repetidas sessões de hemodiálise ou de diálise peritoneal.
Este transplante pode ser realizado com dador cadáver ou dador vivo*, o que aumenta a taxa de sucesso deste transplante, sendo que de acordo com a actual lei portuguesa o dador pode ser aparentado ou não. O transplante de rim pode ainda ser realizado conjuntamente com outros órgãos, como o fígado, o pâncreas e o coração.

Nesta cirurgia, o rim transplantado é colocado no abdómen do doente e ligado à bexiga, onde começa a trabalhar fazendo a depuração do sangue e consequentemente voltando a eliminar de forma natural os produtos tóxicos do organismo.

Medidas preventivas nos cuidados de saúde primários:

• Ter um estilo de vida saudável, praticando exercício físico regularmente e tendo especial atenção à alimentação - aumentar o consumo diário de fruta, vegetais e lacticínios e moderar o consumo de gorduras, sal, açúcar e álcool;
• Medir regularmente a tensão arterial;
• Realizar anualmente análises ao sangue e à urina mesmo que não se sinta qualquer sintoma;
• Controlar cuidadosamente os níveis de glucose em pacientes diabéticos e aconselhar uma dieta a todos os doentes renais crónicos;
• Tratar outros factores de risco cardiovascular tradicionais, em especial o tabagismo e a hipercolesterolemia;
• Evitar medicação potencialmente nefrotóxica;
• Consultar um nefrologista, apesar de muitos dos cuidados em curso poderem ser realizados pelos prestadores de cuidados de saúde primária.
A prevenção de doenças renais crónicas é possível e o tratamento precoce pode atrasar a progressão e reduzir o risco cardiovascular.

Conselhos práticos de alimentação para insuficientes renais consultar aqui.

* Uma história especial para mim: Guillaume e Patrick

Recentemente um familiar meu foi sujeito a transplante de rim, devido a insuficiência renal agravada ao longo dos anos, associada a outros problemas de saúde. Guillaume tem dezoito anos e recebeu um rim do seu pai Patrick, meu "tio". Ambos residem em França e logo que o problema se foi agravando, procederam ao internamento do Guillaume num dos Hospitais de Paris. No entanto, o estado de saúde do meu "primo" não era favorável à realização do transplante e este só pôde ser realizado em Dezembro. O Guillaume luta dia após dia, tomando toda a medicação que lhe é prescrita e apesar de ter a noção da sua condição de saúde, ser portador de uma patologia relativamente rara que lhe foi diagnosticada à nascença, é uma pessoa com uma vitalidade imensa e um exemplo de coragem. O seu pai Patrick, encontra-se neste momento tal como o Guillaume ainda a recuperar mas concerteza muito feliz por ter ajudado o Guillaume a ultrapassar esta fase. É também ele um exemplo de pessoa, pai e amigo.

Dedico-lhes estas palavras:

For you, both my friends and my family I have just one word: courage!
You have come so far and none of this was in vain. I'm sure that this was a step forward in the Guillaume's bright future and every difficult moment you faced is rewarded with smiles everyday. When I heard the news about the transplant, I was very surprised and concerned about you, especially now that I'm conducting this project. But I could not have been more touched by this gesture of love.
I'm witness to your struggle and I hope that in a near future we can be together again. I'm sure that you know that despite the distance I give you all my support. I'm proud to know you and Guillaume: you should have the greatest pride in the wonderful father you have :)

Lot of kisses and a big hug
Your friend, Verónica

Verónica Cabreira, 18 de Fevereiro de 2010

Matemática prova que leucemia mielóide pode ser curada com medicamentos

Uma investigação internacional que envolveu um cientista português concluiu, através da aplicação de um modelo matemático, que a leucemia mielóide crónica pode ser curada com medicamentos, e não apenas com transplante de medula, como se pensava até agora.



Em declarações à Lusa, o investigador Jorge Pacheco, do Departamento de Matemática e Aplicações da Universidade do Minho, explicou que os doentes que tomem as substâncias activas imatinib, dasatinib ou nilotinib desde o diagnóstico de leucemia mielóide crónica "podem atingir a cura, ao contrário do que se pensava".



"Isto significa que, por exemplo, pode haver doentes que neste momento tomem o medicamento e que poderiam parar, pois já não precisam dele", acrescentou.



Assim, poderá existir uma "mudança de paradigma na forma como a doença é encarada e tratada, uma vez que a única alternativa admitida hoje em dia como susceptível de proporcionar uma cura - mas que não é 100 por cento segura e envolve previamente rádio e/ou quimioterapias - é um transplante de medula óssea".



Esta conclusão foi possível através de um modelo matemático, que é usado para "descrever várias doenças do foro hematológico".



O investigador refere que agora se consegue descrever as "características mais gerais (do modelo) e ainda prever certos efeitos que não eram conhecidos".



"Este resultado de que 'o medicamento poder curar os pacientes' é um exemplo do tipo de coisas que podemos prever", exemplificou.



Para melhor explicar a aplicação, afirmou à Lusa que um "modelo matemático não é mais do que uma caricatura dessa mesma realidade (complexa) feita à custa de equações e números".



"Mas, quando a caricatura é boa, ela, por vezes, oferece-nos uma perspectiva nova sobre a realidade, e aí todo o poder da matemática emerge, dado que tudo o que deriva do modelo não é mais do que uma consequência lógica daquilo que deu origem à caricatura", resumiu.



in edição on-line do Jornal de Notícias de 18 de Fevereiro de 2010
Vanda Craveiro, em 18 de Fevereiro de 2010

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Universidade do Minho atribui prémio a Rui L. Reis

A Universidade do Minho atribuiu o Prémio de Mérito à Investigação 2010 ao cientista Rui Reis, director da Unidade de Investigação 3B's e do Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa, sedeado em Guimarães.

Fonte da Reitoria adiantou, que a distinção “resulta da sua liderança internacional na área da medicina regenerativa e engenharia de tecidos humanos, biomateriais, e células estaminais”. O prémio vai ser entregue na próxima quarta-feira [hoje], no âmbito das comemorações do 36º aniversário daquela Universidade.

A instituição destaca o trabalho que o cientista tem feito “para desenvolver e liderar parcerias de grande dimensão à escala global e para promover esta área científica a nível internacional”.

Rui Reis é o investigador europeu com mais publicações neste domínio científico (e o segundo do mundo), e edita uma das revistas científicas da área, o «Journal of Tissue Engineering and Regenerative Medicine».

Em conclusão, são estes cientistas que estão na base da evolução da Ciência, sendo também eles que se debatem na procura de novas técnicas que melhorem a nossa saúde e qualidade de vida.

Desde já lhes agradecemos por todo o tempo que dedicam à CIÊNCIA!
Artigo publicado no site Ciência Hoje, em 15 de Fevereiro de 2010
Vanda Craveiro, em 17 de Fevereiro de 2010

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Limitações na Doação de Sangue em Portugal

Tal como foi antedito, Portugal apresentava uma situação de quase ruptura nas reservas de sangue. No entanto, segundo o Presidente do Instituto Português do Sangue esta situação está superada. Mas mesmo assim, “gostava alargar o número de dadores potenciais, nomeadamente permitindo dádivas de pessoas até aos 70 anos em vez dos actuais 65”, afirma Gabriel de Olim.



Mais de um quarto das pessoas que querem dar sangue (27 por cento) são recusadas pois existem muitas restrições (é recusado quem tem mais de 65 anos, quem está a tomar algum tipo de medicação, quem esteve em zonas com malária, homossexuais, etc.), tendo como consequência a perda de muitos candidatos.



Gabriel de Olim diz que, para acabarem algumas das limitações, a lei tem que ser mudada. Em países como Espanha já é possível dar sangue até aos 70 anos. Relativamente à recusa da doação de sangue por homossexuais, Olim está convencido de que vai acabar por mudar, como aconteceu em Dezembro na Suécia, mas ressalva que naquele país os dados de prevalência de infecções como o VIH/sida são muito diferentes de Portugal neste grupo.



Apesar de todas as limitações existentes, o apelo do IPS à doação de sangue foi um sucesso e em dois dias e meio duplicou-se a média habitual de colheitas: colheram-se 3604 unidades, 181 foram dadores novos. Como resultado, em vez de ter reservas apenas para dois dias, Portugal está com quatro dias de reservas e hoje, as portas dos três centros regionais do IPS (Porto, Lisboa e Coimbra) vão estar abertas das 8h às 20h.



"Sentimo-nos confortáveis com sete dias de reservas. Portugal estava a gastar 1034 sacos de sangue por dia e as colheitas [diárias] andavam pelas 970." Por dia há cerca de 700 a 800 doentes que precisam de sangue para serem operados.


Fonte de informação: edição on-line do jornal Público, notícia de 16 de Fevereiro de 2010.

Sónia Moreira, 16 de Fevereiro de 2010

O Nosso Sistema Imunitário - Sistema HLA (II)

Já em anterior artigo foi esclarecido em que consiste o Sistema HLA (“Human Leucocyte Antigens”) - consulte aqui.

Os antigénios HLA estão principalmente ligados à nossa defesa imunitária e permitem que os nossos linfócitos T possam responder a esses antigénios.
Na transplantação de órgãos, o principal problema que pode surgir é um doente ter anticorpos pré-formados contra os antigénios HLA do dador. Nesse caso os anticorpos fixam-se de imediato na parede dos vasos do órgão transplantado e este é imediatamente rejeitado sem sequer chegar a funcionar.
Para evitar esta situação um dos exames feitos na urgência laboratorial que antecede o transplante é a prova cruzada ou “crossmatch” (ver nota abaixo).

Crossmatch:

São escolhidos os  receptores mais parecidos com o dador e por isso com menor probabilidades de rejeitarem o orgão transplantado. De seguida, é necessário fazer um último teste, o crossmatch, para demonstrar que o receptor não vai rejeitar o rim transplantado de forma imediata. 
Os soros dos doentes que foram escolhidos e que se encontram em arquivo congelados na seroteca do Centro de Histocompatibilidade vão ser postos em contacto com as células do dador. Se algum desses soros contiver anticorpos para os antigénios das células do dador vai haver uma reacção positiva na prova cruzada e isso indica que não poderá ser seleccionado para aquele dador.
Uma vez escolhidos os melhores receptores são contactadas as Unidades de Transplantação para que sejam contactados os doentes e se dê inicio ao trabalho de transplantação do órgão. Este serviço de urgência demora entre 7 a 9 horas.


Como é que surgem esses anticorpos anti HLA?
Podem surgir de várias formas, ou após uma transfusão de sangue, depois da gravidez ou após um primeiro transplante. Os doentes que aguardam uma transplantação são estudados regularmente e periodicamente a fim de se detectarem esses anticorpos e guardar soros desses estudos para serem testados quando aparecer um dador.

Para a transplantação de órgãos é necessário que o dador e o receptor sejam iguais para os antigénios HLA?
Não necessariamente. Quanto maior for a semelhança entre dador e receptor, melhor será o prognóstico da evolução do órgão transplantado, nomeadamente do rim. Actualmente com os tratamentos imunossupressores disponíveis é possível ultrapassar estas barreiras imunológicas e garantir uma sobrevivência do enxerto muito boa.

E para a medula óssea?
Neste caso é necessário que se encontrem pares dadores/receptores com identidade a nível molecular e por isso a probabilidade de se encontrar um dador e um receptor iguais é muito menor.
A enorme diversidade antigénica deste sistema levanta problemas a nível da transplantação de medula alogénica (transplantação que envolve um dador, isto é, uma outra pessoa além do receptor). Na tentativa de se encontrarem dadores compatíveis, tem sido desenvolvido um esforço muito grande no sentido de criar extensas bases de dados de dadores voluntários em todos os países, cooperando entre si a nível mundial através do Bone Marrow Donors World Wide - Registo Mundial de Dadores de Medula Óssea (hiperligação ao lado).
Apesar desse enorme esforço o número de variáveis é muito grande e o número de alelos conhecidos está em constante actualização e neste momento já ultrapassou os 1500 (ver tabela abaixo).


Em transplantação de medula a primeira tentativa de se encontrar um dador compatível começa pelos irmãos. Pelo facto de herdarmos um Haplotipo HLA de cada progenitor, como já foi referido, há 25% de probabilidades de haver um irmão HLA idêntico. No caso de não ser encontrado dador familiar, é feita a pesquisa no registo nacional, CEDACE, e se não for encontrado procede-se a uma pesquisa no BMDW, cujo número de dadores está constantemente a aumentar.

Por esta razão, é que se multiplicam as campanhas de inscrição de dadores de medula óssea para que todas as pessoas que necessitam de um dador compatível possam ver a sua vida salva através de um transplante de medula óssea.

O vídeo seguinte é lindo e mostra toda a força, talento e persistência do Afonso Couto.

Este vídeo apela novamente à sensibilização da população para a situação do Afonso, para que todas as pessoas saudáveis sejam dadores de medula óssea e ajudem muitos meninos como ele urgentemente :)




VAMOS LUTAR AO LADO DO AFONSO, SEJA DADOR DE MEDULA :)

Verónica Cabreira, 16 de Fevereiro de 2010

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Idolos Solidários!

Tal como temos divulgado no nosso blogue, existem inúmeros casos de crianças e adultos que precisam de um transplante de medula óssea. Um desses casos é o do Afonso. Este menino tem 6 anos, sofre de Leucemia e precisa de um transplante.

Afonso e o seu pai em Macau

O Filipe e a Diana, concorrentes do “Ídolos”, associaram-se a esta causa e apelaram à doação de medula óssea.




“Um ídolo não é apenas um cantor ou cantora, é alguém que dá o exemplo”

Você também pode dar o exemplo e ajudar a salvar este menino.

 

Faça como o Filipe e a Diana: Seja ídolo até à medula!


Sónia Moreira, 15 de Fevereiro de 2010

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Marta Sousa: Encontrado Dador Compatível !

Foi com imensa alegria que hoje recebemos a notícia a informar que a Marta, de que já deve ter ouvido falar, encontrou um dador compatível que lhe poderá salvar a vida, tão curta ainda, mas com um futuro que já não é apenas um sonho. 


Marta Sousa sofre de uma aplasia da medula, significando que "a medula dela está a parar de funcionar e só um transplante urgente de medula a pode salvar". Encontrar um dador compatível era a batalha da vida de Martinha.
 
Esta óptima notícia foi esta manhã comunicada por Nelson Sousa, através do Facebook:
 
"Em nome da Martinha quero agradecer todo o esforço e dedicação que todas as pessoas amigas da Marta fizeram para que fosse possivel encontrar um dador compativel."

"A MARTINHA JÁ ENCONTROU UM DADOR COMPATÍVEL. ALELUIA. SOU A PESSOA MAIS FELIZ DO MUNDO, ESPERO DO FUNDO DO CORAÇÃO QUE TODOS OS QUE PRECISAM, TENHAM A MESMA SORTE QUE A MARTA. DEUS É GRANDE."

Marta tem ainda um longo caminho a percorrer até ao transplante e à recuperação total, mas com o apoio de todos será mais fácil ultrapassar as próximas barreiras.

Pela NOSSA parte, podemos continuar a lutar por esta nobre causa, participando e organizando campanhas de sensibilização e de inscrição de dadores voluntários de Medula Óssea.

Tudo pelo NOSSO sonho: podermos ser o País que em menos tempo possa dar mais dadores de medula óssea e que mais ninguém tenha que batalhar tanto para ver a sua vida assegurada.

"A Cura Somos Nós"

Fonte de Informação: Facebook de Marta Sousa
Vanda Craveiro, em 13 de Fevereiro de 2010

1º Transplante em Portugal

Linhares Furtado foi o responsável pelo primeiro transplante em Portugal, a 20 de Julho de 1969. Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra, trabalhou 44 anos no Hospital da cidade, 36 deles como director dos Serviços de Urologia, tendo-se reformado em 2003. Em 1980, fez o primeiro transplante renal retirado de um cadáver em Portugal.

 

Médico Linhares Furtado

 
Que lembranças tem do primeiro transplante, há 40 anos?
Muitas, sobretudo da longa preparação que foi necessário realizar e dos obstáculos que foi necessário ultrapassar.

Quais foram?
Dificuldades de instalações, a preparação de toda a equipa, que foi longa e representou um trabalho conjunto em que havia grande entusiasmo e dedicação, a preparação do doente e da dadora. Mas a intervenção decorreu muitíssimo bem.

Tem ideia de quanto tempo durou?
A ideia exacta não, mas creio que foi cerca de três horas. Havia pequenos pormenores técnicos que eram diferentes dos de hoje, mas correu tudo bem. As condições é que eram más, porque nem sequer havia ar condicionado e foi um dia de muito calor. O pós-operatório teve apenas uma complicação, aos 15 dias, que foi bem resolvida, e ao 30.º dia veio a complicação inesperada, resultante de uma injecção de uma substância imuno-supressora, que criou um quadro gravíssimo no doente.

Como se resolveu?
Tivemos de suspender a imuno-supressão (terapêuticas contra a rejeição), e perdeu-se o rim, embora o doente tenha sido salvo. Não havia na altura possibilidades de recolher órgãos de cadáver, senão nem sequer teríamos feito transplante com dador vivo.

Que importância acha que teve para a Medicina em Portugal?
Foi um impulso grande, sobretudo nos HUC (Hospitais da Universidade de Coimbra), porque tivemos de ensaiar as diversas formas de diálise que não existiam. A nível nacional despertou o interesse em vários outros hospitais e começou a sensibilizar a opinião pública para este progresso. Muitos doentes mantinham-se em diálise na orla periférica em Espanha, os que podiam iam transplantar-se ao estrangeiro. Era uma situação muito difícil para os doentes renais portugueses.

De que forma as técnicas evoluíram nos últimos 40 anos?
Do transplante de rim já estava praticamente estabelecida em 1980. Do ponto de vista médico, na imunosupressão, houve progressos enormes, não só no rim mas nos outros órgãos.

Um doente transplantado pode fazer uma vida normal?
A transplantação tem essa grande vantagem. Quando é bem sucedida - e é-o numa grande percentagem de casos - permite uma saúde muito diferente e uma vida quase normal.

Quanto tempo viveu o doente de 1969? E a dadora?
O doente viveu pouco tempo, por causa de uma injecção. A dadora faleceu de outra complicação que não teve nada a ver com o rim. Aliás a sobrevida dos dadores de órgãos é muitíssimo boa. São pessoas que passam a ser seguidas medicamente e não tem havido qualquer efeito nocivo da doação do rim.

Fonte de informação: Jornal de Notícias, entrevista publicada no dia 20 de Julho de 2009, da autoria de João Pedro Campos.


Sónia Moreira, 13 de Fevereiro de 2010

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Reforço da mensagem: Instituto Português do Sangue apela à doação urgente

Como foi referido pela Vanda, o Instituto Português do Sangue lançou hoje um forte apelo à doação de sangue, divulgado pelos vários órgãos de comunicação social.



A realidade é bem mais grave do que possa parecer: devido à falta de reservas de sangue já há hospitais sem capacidade para fazer cirurgias planeadas, apenas conseguindo dar resposta a operações de urgência, afirmou o presidente do Instituto Português do Sangue, Gabriel de Olim. “A situação é a mais difícil dos últimos três anos”.

Porquê dar sangue, sobretudo neste momento?

Em Portugal são necessários 1034 sacos de sangue por dia e as colheitas diárias andam pelas 970. O nosso país costuma ser auto-suficiente, com 40 doações por mil habitantes, face às 37 por mil habitantes da média europeia. Por este motivo, a situação que estamos a viver é invulgar e esperemos que seja pontual.
O sangue colhido apenas se conserva durante 42 dias e neste momento apenas há reservas para fazer face às necessidades das unidades de saúde para dois dias.

E quais as razões para esta situação?
O mau tempo do mês de Janeiro, o encerramento de empresas onde decorriam frequentemente recolhas e o aumento do número de cirurgias em resultado da recuperação das listas de espera, da melhor rentabilização dos blocos operatórios e do aumento do número de transplantes de órgãos (todas estas intervenções exigem tranfusões sanguíneas), são algumas das razões apontadas para esta situação.

A zona da Grande Lisboa é a região mais afectada por uma “baixa acentuada nas reservas nacionais” e a doação deve ser feita o mais rápido possível.
 
Já há quatro dias no Jornal da Tarde da RTP, a amplificação do Centro de Sangue de Coimbra foi notícia e foi relembrada a necessidade de dádivas diárias:
 




Consulte aqui o site do Instituto Português do Sangue e saiba onde se dirigir para dar sangue.

Fonte de informação: Jornal Público, notícia de 12 de Fevereiro de 2010; Reportagem da RTP do dia 8 de Fevereiro de 2010

Verónica Cabreira, 12 de Fevereiro de 2010

Escassez de sangue em Portugal

O Instituto Português do Sangue lançou hoje um apelo à dádiva de sangue durante o fim-de-semana, para tentar contrariar a falta de sangue. Neste momento, as reservas do país dão para dois dias - hoje e amanhã - devido à diminuição das dádivas nos últimos três meses.

Segundo o presidente do IPS, Gabriel Olim, o consumo está cerca de 10% acima das colheitas, o que leva a temer uma situação de ruptura para a semana do Carnaval.

Na sequência do apelo, além dos locais habituais, estão abertos à colheita hoje e amanhã, até às 21 horas, serviços dos hospitais de S. José, Amadora-Sintra e IPO de Lisboa, que é a zona do país onde a situação é mais crítica.

As pessoas em condições de doar sangue poderão ainda recorrer ao Centro Regional de Saúde de Lisboa da Avenida do Brasil e a uma unidade móvel junto à Loja do Cidadão das Laranjeiras. A partir das 15:00 e até às 21:00 outra unidade móvel vai estar junto à Gare do Oriente.


Não se esqueça de participar na nossa Campanha de Recolha de Sangue e de Inscrição Voluntária de Dadores de Medula Óssea, dia 26 de Fevereiro (Sexta-Feira), na Escola Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, a partir das 15:30h.

Porque... DOAR SANGUE E DOAR MEDULA É DOAR VIDA!

  
Fonte de Informação: edição on-line do Jornal de Notícias de 12 de Fevereiro de 2010
Vanda Craveiro, 12 de Fevereiro de 2010

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Paramiloidose

A paramiloidose é uma doença hereditária, crónica e progressiva, que se manifesta normalmente entre os 25 e os 35 anos e que é transmitida por via genética. Os primeiros casos foram detectados na Póvoa de Varzim (nossa cidade), nos anos 40. Desde o nascimento, o sangue dos portadores de paramiloidose apresenta uma proteína anormal que se forma a partir da troca de aminoácidos. Deste modo, é possível saber quem são os transmissores da doença e os possíveis futuros doentes.




Os principais sintomas são uma grande perda de peso e de sensibilidade a estímulos.



O professor Corino de Andrade detectou esta doença ao observar pescadores da Póvoa de Varzim que não sentiam dor quando se cortavam nas cordas dos barcos e se queimavam com os cigarros.



A principal zona afectada são os membros inferiores (motivo pelo qual vulgarmente se chama doença dos pezinhos). Mais tarde a doença alastra-se aos membros superiores, causando também perturbações a nível do sistema digestivo, e problemas cardíacos e do sistema nervoso. Os rins e o coração são gravemente atingidos nas últimas fases da doença.



Os primeiros sintomas são constantes formigueiros nos pés e uma perda de sensibilidade ao frio e ao calor.



A paramiloidose é uma doença ainda mortal, mas que pode ser retardada através de um transplante hepático. Este transplante tem várias implicações, na medida em que podem surgir problemas de rejeição do órgão.
Amanha, dia 12 de Fevereiro, iremos fazer uma visita à Associação Portuguesa de Paramiloidose. Pretendemos obter mais informações e perceber melhor de que forma o transplante hepático pode melhorar a qualidade de vida dos doentes.



Sónia Moreira, 11 de Fevereiro de 2010

Jornal A Voz da Póvoa associa-se ao projecto

Na semana passada, o nosso grupo (Doar Vida) e o grupo (Con)viver com o Cancro dirigiu-se às instalações do Jornal A Voz da Póvoa para aí divulgarmos os nossos projectos e a nossa actividade comum: a Campanha de recolha de sangue e inscrição de dadores voluntários de medula óssea, que decorrerá no próximo dia 26, na nossa escola. Tivemos assim a oportunidade de dar uma entrevista a este jornal local e ontem comprovamos o resultado na edição desta semana.

Na entrevista pode ler-se resumidamente:

Recolha de Sangue na ESEQ

 Os alunos da turma 12ºB da Escola Secundária Eça de Queirós (ESEQ) vão promover, na escola, no dia 26 de Fevereiro, entre as 15,30 e as 18,30 horas, uma campanha de recolha de sangue e inscrição voluntária de dadores de medula óssea.
 “Esta campanha de recolha de sangue está aberta à população em geral, desde que sejam saudáveis, tenham mais de 18 anos e um peso superior a 50 kg.
Foi a componente humana que nos levou a desenvolver este trabalho. O objectivo é ajudar quem mais precisa, envolvendo toda a comunidade”, explicaram os alunos.


Da esq. para a dir. : Eugénia, Vanda, Verónica, Fernanda, João Paulo, Ana Filipa e Sónia
12ºB

Agradecemos uma vez mais a este jornal por nos apoiar na divulgação desta iniciativa e salientamos que contamos igualmente com a colaboração da Associação Humanitária de Dadores de Sangue da Póvoa de Varzim, Instituto Português do Sangue, Centro de Histocompatibilidade do Norte e Rádio Onda Viva.

Apelamos a toda a população com as características mencionadas que compareça na campanha :)
 
Verónica Cabreira, 11 de Fevereiro de 2010