Um transplante cardíaco consiste num procedimento cirúrgico em que é removido o coração lesado e transplantado um coração saudável.
Geralmente, apenas é proposto aos pacientes que sofrem de doenças do coração de prognóstico muito grave, numa fase evolutiva muito avançada e quando se determina que de outra forma a sua morte será inevitável num curto período de tempo, no máximo poucos meses.
A obtenção de um coração saudável é uma questão que coloca várias limitações à prática dos transplantes: o órgão deve proceder de um dador em estado de "morte cerebral", ou seja, em coma irreversível e após se certificar que apresenta lesões cerebrais irrecuperáveis, que esteja ligado a um ventilador artificial e que os seus batimentos cardíacos apenas sejam mantidos através de meios artificiais.
Para além disso, é necessário comprovar o grau de compatibilidade dos tecidos orgânicos do potencial dador e do possível receptor, prevenindo assim uma grave reacção de rejeição ao órgão transplantado.
Por último, o tempo que decorre entre a extracção do órgão do dador e a sua implantação no receptor deve ser limitado, já que o miocárdio é muito sensível à falta de irrigação sanguínea e pode deteriorar-se com rapidez.
A operação, propriamente dita, é tão complexa como qualquer outra grande intervenção cirúrgica cardíaca. Antes da intervenção cirúrgica, deve-se ligar ao receptor um aparelho de circulação extracorporal que permita, enquanto se procede à remoção do coração doente e à implantação do saudável, manter o fornecimento de oxigénio aos tecidos.
De acordo com a técnica cirúrgica mais utilizada, deve-se remover o coração do receptor deixando intacta a parte superior das aurículas, para que estas permaneçam ligadas aos vasos que nelas desaguam, as veias cavas e as veias pulmonares. A seguir, insere-se o novo coração, complementando a parte das aurículas do coração doente, ligando-o à aorta e à artéria pulmonar.
Após as suturas, pára-se a transmissão de sangue para a máquina e aplicam-se estímulos eléctricos ao coração transplantado para que comece a funcionar com normalidade. O transplante dura no máximo pouco mais de uma hora. Posteriormente, procede-se a um tratamento intensivo com imunossupressores, ou seja, medicamentos que inibem o sistema imunitário, limitando assim a possibilidade de rejeição, isto é, o ataque das defesas do organismo contra o órgão estranho, principal factor que provoca o fracasso deste tipo de transplante.
O transplante de coração pode ser recomendado para pacientes com insuficiência cardíaca causada por:
• Doença da artéria coronária;
• Cardiomiopatia (espessamento das paredes do coração);
• doença da válvula cardíaca com insuficiência cardíaca congestiva
• Doença cardíaca congénita grave.
A cirurgia de transplante cardíaco não é recomendada para pacientes com:
• Doença hepática, pulmonar ou renal;
• Diabetes melito insulino-dependente (DMID);
• Outras doenças que ponham a vida em risco.
Sónia Moreira, 30 de Dezembro de 2009
2 comentários:
Gostei muito do vosso projecto. É de facto muito importante sensibilizar a população para a doação de órgãos. Fico muito feliz por ver que existem jovens como voces, cosncientes dos problemas que afligem a sociedade. Muitas pessoas ainda têm dificuldade em aceitar a doação dos seus órgãos quando morrerem e os dos seus familiares. Facilmente se compreende, pois aborda um tema muito delicado - a morte. Mas fico muito contente por saber que os jovens estão mais atentos para este problema! :)
Continuem... Têm de facto um óptimo projecto! Gostei muito! Desejo-vos muito boa sorte!
tenho uma irma que sera transplantada agradeço o vosso artigo mas continuo aterrada
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