Um estudo, publicado na revista «Nature», abre novas portas para que um dia seja possível retirar uma amostra da pele de um paciente para transformar células em tecido, para transplantes referentes a tratamento de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ou para a cura de lesões de coluna e muitas mais.
Irv Weissman, director do Instituto de Células Estaminais e Medicina Regenerativa, da Universidade de Stanford – onde a investigação foi desenvolvida –, descobriu o primeiro tecido de células estaminais e ajudou a desenvolver novos tratamentos, usa-as para formar sangue puro e células estaminais de músculos do coração, que poderão ser usadas para tratar doenças cardíacas e do sistema sanguíneo.
O investigador conseguiu, a partir de células comuns da pele de ratos, transformá-las em neurónios e, segundo o cientista, são “totalmente funcionais” e “podem fazer todas as coisas principais que os neurónios fazem no cérebro”.
O artigo refere que para a experiência apenas foram usados três genes, para transformar as células cutâneas directamente em neurónios a que deram o nome de "células neuronais induzidas".
Células-tronco
Contudo, Weissman admitiu a um diário norte-americano que foi um processo “de alto risco”, por “não ter a certeza se iria funcionar”. Até agora, os cientistas consideravam que era necessário fazer as células regredirem a um estado mais primitivo antes que elas pudessem mudar de direcção.
Um dos grandes focos da Medicina regenerativa tem sido as ‘células-tronco’ embrionárias humanas, que têm a capacidade de criar qualquer tipo de tecido do organismo, mas o uso é ainda restrito e polémico.
Já trabalhos anteriores de Weissman, em ratos, puderam ser repetidos em humanos numa questão de meses. Entretanto, a sua equipa já está a tentar fazer o mesmo com células humanas.
Fonte de Informação: Ciência Hoje - http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39154&op=all
Vanda Craveiro, em 29 de Janeiro de 2010
2 comentários:
SUPER interessante este artigo. São estes pequenos grandes avanços que permitem prolongar um pouco mais a vida humana e, obviamente, melhores condições de vida.
é, sem dúvida, na ciencia que se encontra a evolução para a espécie humana.
PARABENS
A ciência avança todos os dias...
Pequenos avanços, às vezes recuos...
O artigo mostra que já se podem criar neurónios. Esperemos que seja viável. Novas esperanças se abrem para muitas doenças.
É este empenho que quero ver, pelo menos, até ao final do ano.
Es
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