sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Neurónios criados a partir de células da pele

Um estudo, publicado na revista «Nature», abre novas portas para que um dia seja possível retirar uma amostra da pele de um paciente para transformar células em tecido, para transplantes referentes a tratamento de doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer, ou para a cura de lesões de coluna e muitas mais.


Irv Weissman, director do Instituto de Células Estaminais e Medicina Regenerativa, da Universidade de Stanford – onde a investigação foi desenvolvida –, descobriu o primeiro tecido de células estaminais e ajudou a desenvolver novos tratamentos, usa-as para formar sangue puro e células estaminais de músculos do coração, que poderão ser usadas para tratar doenças cardíacas e do sistema sanguíneo.

O investigador conseguiu, a partir de células comuns da pele de ratos, transformá-las em neurónios e, segundo o cientista, são “totalmente funcionais” e “podem fazer todas as coisas principais que os neurónios fazem no cérebro”.

O artigo refere que para a experiência apenas foram usados três genes, para transformar as células cutâneas directamente em neurónios a que deram o nome de "células neuronais induzidas".

Células-tronco

Contudo, Weissman admitiu a um diário norte-americano que foi um processo “de alto risco”, por “não ter a certeza se iria funcionar”. Até agora, os cientistas consideravam que era necessário fazer as células regredirem a um estado mais primitivo antes que elas pudessem mudar de direcção.

Um dos grandes focos da Medicina regenerativa tem sido as ‘células-tronco’ embrionárias humanas, que têm a capacidade de criar qualquer tipo de tecido do organismo, mas o uso é ainda restrito e polémico.

Já trabalhos anteriores de Weissman, em ratos, puderam ser repetidos em humanos numa questão de meses. Entretanto, a sua equipa já está a tentar fazer o mesmo com células humanas.

Fonte de Informação: Ciência Hoje - http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=39154&op=all
Vanda Craveiro, em 29 de Janeiro de 2010


2 comentários:

Susana Costa disse...

SUPER interessante este artigo. São estes pequenos grandes avanços que permitem prolongar um pouco mais a vida humana e, obviamente, melhores condições de vida.
é, sem dúvida, na ciencia que se encontra a evolução para a espécie humana.
PARABENS

Anónimo disse...

A ciência avança todos os dias...
Pequenos avanços, às vezes recuos...
O artigo mostra que já se podem criar neurónios. Esperemos que seja viável. Novas esperanças se abrem para muitas doenças.
É este empenho que quero ver, pelo menos, até ao final do ano.
Es