sábado, 16 de janeiro de 2010

Registo de Dadores de Medula Óssea

A primeira transplantação de medula óssea foi efectuada com sucesso em 1956, remontando a 1973 a primeira transplantação com dador não aparentado. Este facto marcou o começo de uma nova era no tratamento de doentes com diferentes patologias que podem ir desde defeitos genéticos até às doenças oncológicas. Com este tratamento aumentou a esperança de vida de muitos doentes com leucemia, algumas anemias e outras doenças hereditárias potencialmente fatais.

Para que se possa fazer uma transplantação de medula óssea é, no entanto, necessário que haja identidade a nível genético entre o dador e o receptor. Ou seja, é necessário que sejam iguais num sistema de antigénios tecidulares designados por HLA (do inglês Human Leucocyte Antigens ou antigénios leucocitários humanos, em português).
Acontece, contudo, que existem 6 antigénios diferentes, cada um com dezenas de variantes, e que se combinam entre si de diferentes maneiras, pelo que a probabilidade de haver um dador igual fora dos familiares é muito difícil.

Actualmente a transplantação de medula óssea é uma prática corrente mas, só cerca de 25% dos doentes têm um dador familiar compatível. Restam assim os outros 75% que têm de recorrer a dadores não aparentados.

Apesar destes seis marcadores parecerem um número pessoal de lotaria, com os esforços conjuntos levados a cabo pelos responsáveis de vários países aumentou-se a possibilidade efectiva de se encontrarem dadores compatíveis com os doentes. Para isso contribuiu a criação em cada País Registos de Dadores Voluntários de Medula Óssea.

A transplantação de medula óssea com dadores não aparentados aumentou nos doentes a taxa de sobrevivência de 30% para 80%.
Para muitos doentes a transplantação de medula óssea é efectivamente a única possibilidade de cura e de vida e depende da disponibilidade de todos os que se inscrevem nos registos nacionais e internacionais.

Assim, como revela a Dr.ª Helena Alves, directora do Centro de Histocompatibilidade do Norte, ser dador de Medula é antes de mais uma INTENÇÃO DE SALVAR alguém. SALVAR em qualquer sítio do mundo, onde a idade, o género, a raça, a cor, a religião, a condição social, o credo politico ou qualquer outra divergência não fazem qualquer diferença nem dividem os Homens.

Tente SALVAR a Ana, a Carmen, o Martias, o João... Inscreva-se como dador voluntário de Medula Óssea.

Deixo-vos uma sugestão de visita aos sites da Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) - www.apcl.pt - e do Centro de Histocompatibilidade do Norte (CHN) - http://www.chnorte.min-saude.pt/ - , respectivamente.
Vanda Craveiro, em 16 de Janeiro de 2010


3 comentários:

Anónimo disse...

Boa noite

Deixo aqui os meus parabéns pelo blogue. Está muito bem feito e a iniciativa foi muito boa.
Parabéns

Ana Paula M.

Anónimo disse...

Boa tarde! nos fazemos parte de um grupo de AP do 12º ano e também estamos a trabalhar com a temática dos transplantes. Gostaríamos de promover uma campanha de doação de medula óssea e tentar que viesse uma unidade à escola para essa doação. agradecíamos que nos pudessem contactar e indicar alguns dos contactos mais importantes para a realização desta actividade ou para outra actividade que pudéssemos desenvolver nesse âmbito.
aqui fica o meu contacto: mariananetomartins@hotmail.com

obrigada pela atenção disponibilizada

henrique gameiro mendes disse...

gostaria de saber se é dado algum cartão de dador de medula, dado que fiz o teste a algum tempo e nunca recebi nada , não sei fui fui aceite ou não. mas sendo dador de sangue ha anos !