domingo, 2 de maio de 2010

Coração Artificial

Em finais de Outubro de 2009, uma empresa francesa inaugurou uma sala esterilizada, que vai permitir a produção da prótese cardíaca, que será testada em meados de 2011. Esta espécie de coração artificial pode aumentar as hipóteses de sobrevivência das pessoas com patologias cardíacas.




Há duas fases na função cardíaca. A diástole, quando os ventrículos se enchem de sangue, e a sístole, quando o sangue purificado é ejectado. Por esta razão, para conseguir uma função idêntica à do coração, a prótese tem dois ventrículos, com duas bombas em vez de uma, assim como um sistema de sensores em miniatura, que reage à actividade física e ao aumento ou diminuição dos valores da pressão sanguínea.

A prótese também incorpora novos compostos bio-tecnológicos, feitos a partir de tecido animal, tratado quimicamente, para reduzir as possibilidade de formação de coágulos sanguíneos. Um problema que foi eliminado, bem cedo, com algumas alternativas. Mas, esta prótese tem outras rupturas: de facto, o coração mecânico não pretende substituir inteiramente o coração doente, mas antes, assistir e fazer a ponte, para o transplante.

Uma outra experiência de um coração inteiramente artificial não teve sucesso, porque não batia nem pulsava de acordo com as necessidades físicas do receptor.

As doenças do coração são um problema extremamente grave, no mundo ocidental. De acordo com Marcelo Conviti, o líder da empresa que vai fabricar os corações, 100 mil pacientes precisam de um coração novo, sendo que apenas cinco mil deles têm a sorte de conseguir um transplante. Conviti espera que o coração artificial possa, no futuro, salvar alguns deles: “Nós esperamos salvar todos os 95 mil, mas em teoria, não podemos dizer isto. Depende dos indicadores, depende da nossa capacidade de treinar correctamente as equipas clínicas e do comportamento da máquina”.

Espera-se que a utilização desta prótese venha atenuar, para sempre, o défice, na oferta de corações, para transplante.


Fonte de Informação: Euronews
Vanda Craveiro, em 2 de Maio de 2010

1 comentário:

Grupo E disse...

Artigo muito interessante e que dá a esperança de que no futuro poderão acabar as enormes filas de espera e mortes que poderiam ser evitadas caso existissem dadores compativeis.

É sempre bom abrir o vosso blogue e deparar-me com artigos extremamente interessantes (alguns mesmo surpreendentes) e ver que a ciência não está estagnada.

Parabéns!!
Guilherme Costa