quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Paramiloidose

A paramiloidose é uma doença hereditária, crónica e progressiva, que se manifesta normalmente entre os 25 e os 35 anos e que é transmitida por via genética. Os primeiros casos foram detectados na Póvoa de Varzim (nossa cidade), nos anos 40. Desde o nascimento, o sangue dos portadores de paramiloidose apresenta uma proteína anormal que se forma a partir da troca de aminoácidos. Deste modo, é possível saber quem são os transmissores da doença e os possíveis futuros doentes.




Os principais sintomas são uma grande perda de peso e de sensibilidade a estímulos.



O professor Corino de Andrade detectou esta doença ao observar pescadores da Póvoa de Varzim que não sentiam dor quando se cortavam nas cordas dos barcos e se queimavam com os cigarros.



A principal zona afectada são os membros inferiores (motivo pelo qual vulgarmente se chama doença dos pezinhos). Mais tarde a doença alastra-se aos membros superiores, causando também perturbações a nível do sistema digestivo, e problemas cardíacos e do sistema nervoso. Os rins e o coração são gravemente atingidos nas últimas fases da doença.



Os primeiros sintomas são constantes formigueiros nos pés e uma perda de sensibilidade ao frio e ao calor.



A paramiloidose é uma doença ainda mortal, mas que pode ser retardada através de um transplante hepático. Este transplante tem várias implicações, na medida em que podem surgir problemas de rejeição do órgão.
Amanha, dia 12 de Fevereiro, iremos fazer uma visita à Associação Portuguesa de Paramiloidose. Pretendemos obter mais informações e perceber melhor de que forma o transplante hepático pode melhorar a qualidade de vida dos doentes.



Sónia Moreira, 11 de Fevereiro de 2010

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